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sexta-feira, 3 de abril de 2015

“Médicos não querem trabalhar”, afirma fonte da Prefeitura de Itabaiana


Uma fonte ligada à Prefeitura de Itabaiana postou nas redes sociais sua defesa ao programa “Mais médicos”, do Governo Federal, refletindo um problema que considera sério no País que é a concentração da categoria dos médicos nas capitais e cidades mais desenvolvidas, deixando de lado o interior. “A Prefeitura de Itabaiana paga a um médico R$ 7.500,00 (PSF), e R$ 7.000,00 (SAMU), com um plantão por semana. A Prefeitura de Salgado de São Felix paga a um médico cerca de R$ 6.000,00, e a Prefeitura de Mogeiro cerca de R$ 6.500,00. Resumo: os médicos dessas cidades, apenas para exemplificar, não querem trabalhar. Vão nos PSF's e só querem passar 4 horas, só se dispõem atender 10 a 15 pessoas, ao contrário dos médicos cubanos que têm dedicação total”, afirmou o perfil “Itabaiana Paraíba” no Facebook, cujo conteúdo divulga a gestão do prefeito Antonio Carlos.

Nas cidades pequenas, médicos não querem enfrentar as dificuldades da falta de estrutura básica, como laboratório para exames e equipamentos. Mesmo com a ida de médico para o interior, a população continuará dependendo das cidades maiores para a continuação do atendimento, ou seja, o serviço de ambulância terapia deve continuar sendo regra nestes locais. Em Itabaiana, mesmo com dois hospitais, toda assistência mais complexa tem que ser feita em Campina Grande ou João Pessoa, por falta de estrutura nas unidades de saúde local.
A opção do governo em contratar médicos estrangeiros, na falta de profissionais do país, também gerou uma forte resistência da classe médica. De acordo com o diretor do Centro de Ciências da UFSC, na Inglaterra 25% dos profissionais são estrangeiros e nos EUA estes profissionais correspondem a 20%, enquanto no Brasil temos um índice de 1,5% de médicos estrangeiros.


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